A Mobilidade em Tempos de Pós-Pandemia: Projeto, Construção e Testagem de Triciclo com Pedal Assistido por Motor Elétrico

 

 

2023 - A Mobilidade em Tempos de Pós-Pandemia: Projeto, Construção e Testagem de Triciclo com Pedal Assistido por Motor Elétrico Uma Alternativa de Transporte Individual nas Ciclovias do Distrito Federal.

 

As cidades brasileiras, nas últimas duas décadas, vêm passando por inúmeras transformações a nível de conformação, configuração e relação dos espaços urbanos. Este processo foi intensificado recentemente pela ocorrência da Pandemia do Corona Vírus que forçou, de certa maneira, o cambiamento dos espaços confinados e protegidos por espaços abertos livres e públicos mais seguros e salubres.

 

Esta conjuntura gera, até os dias de hoje, reflexos profundos nas questões que envolvem o transporte coletivo, sobretudo, com relação à mobilidade urbana. As aglomerações inerentes ao uso do transporte coletivo fizeram com que muitos usuários buscassem novas formas de transporte e mobilidade dentro da cidade, engajando-se no processo de qualificação da própria saúde física e mental (PREF. BH, Summit Mobilidade, 2021) e em maneiras alternativas de viabilizar a sua locomoção, seja para o trabalho, estudos e tarefas pessoais e lazer. Segundo o censo do IBGE de 2010, mais de 80 da população brasileira vive em cidades. A Organização das Nações Unidas ONU prevê ainda que em 2030 a população urbana brasileira passará para 91. A taxa de urbanização brasileira é superior aos países mais desenvolvidos. No mundo, este valor recentemente ultrapassou os 50, segundo o World Facebook (CIA, 2010). Os demais países integrantes do bloco BRICS também possuem percentual de urbanização inferior ao do Brasil tendo a Rússia com 73 de sua população em áreas urbanas, a África do Sul, 61, a China, 47, e a Índia, apenas 30. Em caminho contrário à tendência de urbanização em todo o planeta, o modelo de desenvolvimento urbano brasileiro não induz o crescimento econômico com equidade e sustentabilidade voltados à requalificação das cidades ou à mitigação dos problemas existentes (CIDADES, 2018).

 

A falta de qualidade do transporte público coletivo faz crescer a migração dos usuários para o transporte individual motorizado (automóveis e motos) agravando ainda mais o problema. Neste sentido, faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas de inovação a fim de estabelecer novas alternativas de transporte individual e coletivo nas cidades brasileiras, em especial do Distrito Federal visto que a maior parte das cidades que compõe a região possuem relevo favorável além de alguns sistemas de circulação cicloviária já implantados.

 

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